Novos Dados Revelam Surpreendente Silêncio entre Profissionais Financeiros diante de Fraudes Internas

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Um estudo recente realizado pela empresa de software de detecção de fraudes Medius revelou uma tendência desanimadora entre os profissionais financeiros do Reino Unido e dos EUA. De acordo com os dados, mais da metade desses profissionais (56%) testemunharam ou suspeitaram de fraudes internas em seus locais de trabalho. No entanto, impressionantes 81% deles optaram por permanecer em silêncio, temendo possíveis represálias.

O medo de retaliação parece ser um grande desestímulo para os profissionais financeiros quando se trata de relatar atividades fraudulentas. Isso foi citado por 45% dos profissionais pesquisados como a razão principal para o silêncio. Essas descobertas destacam a necessidade urgente de criar um ambiente seguro no qual denunciantes possam se manifestar sem medo de vitimização.

Para enfrentar essa questão e capacitar outros a se manifestarem, os renomados denunciantes Sherron Watkins, Sarah Carver e Jennifer Griffith uniram forças para recuperar os nomes pejorativos que foram usados contra elas depois de relatarem sérias fraudes financeiras internas. Ao resgatar termos como “dedo-duro”, “rato” e “traidor”, eles esperam mudar a narrativa em torno da denúncia e fomentar uma cultura de responsabilidade e transparência.

A pesquisa também revelou o alarmante alcance das consequências negativas enfrentadas pelos denunciantes. Mostrou que 59% dos profissionais financeiros testemunharam denunciantes sendo excluídos de decisões importantes, 33% os viram sendo transferidos para equipes diferentes, e 32% ouviram nomes pejorativos usados para menosprezar os denunciantes.

Apesar da clara necessidade de os indivíduos se sentirem confortáveis em relatar atividades suspeitas, a pesquisa destacou que 48% dos entrevistados sentiram que o sistema legal protege inadequadamente os denunciantes. Isso exige uma reforma urgente para fornecer melhores salvaguardas para aqueles que escolhem expor irregularidades.

Em resposta a essas descobertas, Jim Lucier, CEO da Medius, enfatizou a importância de criar uma cultura na qual os funcionários se sintam seguros e apoiados ao relatar suas preocupações. Ele sugeriu a implementação de tecnologia de detecção de anomalias de IA como um meio de inspirar confiança nos funcionários, fornecendo-lhes as evidências e garantias necessárias para se manifestarem.

O relatório da Medius serve como um alerta para as organizações priorizarem a prevenção e detecção de atividades fraudulentas. Ao fomentar um ambiente onde os funcionários são incentivados a relatar suspeitas, as organizações não só podem se proteger de possíveis perdas financeiras, mas também cumprir suas responsabilidades éticas.

À medida que a luta contra crimes corporativos se intensifica, é crucial que todos desempenhem seu papel. Encorajar e apoiar os denunciantes é um passo crucial para garantir que a fraude seja exposta e a justiça seja feita.

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